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Depois de uma semaninha de folga, vamos retomar os trabalhos!
Essas roupas aí são do novato Adam Andrascik. Recém-graduado pela Central Saint Martins, o designer de origem americana se inspirou no trabalho de Schiaparelli e Salavador Dalì para fazer uma coleção com silhueta deslocada que parece pronta a se desmontar a qualquer momento.
Com o auxílio de tecido transparente, a aparente fragilidade do vestuário é aliada a tons pastéis, responsáveis por valorizar o jogo de esconder e revelar partes do corpo, confundindo, assim, a percepção de quem vê de fora, deixando em dúvida o que é pele de fato e o que é tecido. O resultado é a enorme sutileza da proposição de cheios e vazios, em roupas que parecem rasgadas, esfaceladas.
O trabalho do moçoilo de 26 anos me parece importante porque tem um quê apocalíptico, um toque de destruição, sem no entanto cair no exagero do caos e das composições talmente desordenadas que acabam se tornando banais do ponto de vista estético e criativo.
Aliás, me lembrou pintura de parede com infiltração. Bem bom.